domingo, 16 de fevereiro de 2014
A Culpa é das Estrelas, publicado no Brasil pela Intrínseca é o novo romance de John Green. Em linguagem bem contemporânea e diálogo aberto com o leitor, seus livros para jovens adultos (YA) tem uma mistura de amor, humor e pesar em harmonias maestrais.
Hazel, uma jovem cuja a vida gira em torno do câncer que não a mata nem a deixa viver, não espera mais nada de sua sobrevida. Até Augustus Waters, outro sobrevivente, entrar no seu mundo. O amor que se surge hesitante e depois avassalador é permeado por todas as dúvidas de quem encara a morte de perto, sem saber quando vai perder.
Na maior parte do tempo você não tem certeza de qual é realmente o centro da trama: o amor, a morte próxima ou o mistério não resolvido. A Culpa é das Estrelas te leva tão profundamente dentro da realidade de Hazel e Gus que você se descobre procurando você mesmo um sentido para a existência e exigindo que os pequenos e os grandes mistérios se desvendem antes que o destino venha encontrá-los
É o tipo de livro que não tem contra-indicações e vai te deixar com a nítida sensação de estar dentro dele, sentindo cada emoção, cada lufada sofrega de ar, cada taça de champanhe à beira de um canal em Amsterdam. Mostra-se uma leitura muito fluida, e clichês à parte, não dá para largar antes do fim, já que você acompanha não o desfecho de uma história, mas o amor, a vida e a morte de Hazel e Gus.
*SUPER RECOMENDO
PS. Tenham um lenço(ou vários) à mão
Uma das partes que me tirou lágrimas:
" Não vou falar da nossa história de amor para vocês porque, como todas as histórias de amor de verdade, ela vai morrer com a gente, como deve ser (...)então vou falar de matemática.
Existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o e 2, ou entre 0 e 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros.
Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo.
Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias contados, e sou muito grata por isso."
Marcadores:john green,livros,resenha,YA
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