sábado, 8 de fevereiro de 2014
OBS: Post migrado do nosso antigo servidor
Na última semana de setembro/2011 , o mundo inteiro conjecturou onde cairia o satélite americano UARS. A reentrada na atmosfera foi prevista para a quinta-feira 23/09, sem nenhuma informação do local possível da queda, que só ocorreu de fato na madrugada de sábado, tendo a localidade vindo à conhecimento apenas na segunda-feira, como sendo vagamente no Oceano Pacífico.
Ora, tanto a data quanto o lugar tiveram previsão inexata. O que, por si só, já é um tanto alarmante, somou-se ao fato de, apenas alguns dias depois da queda do UARS, o Centro Aeroespacial Alemão dar a conhecer que mais um satélite cairia na Terra no mês de novembro.
O satélite alemão Rosat, lançado em órbita em 1990 com o objetivo de estudar buracos negros e outros elementos astronômicos com a tecnologia, estreante na área Aeroespacial, de obtenção de imagens por raio-x, sendo aposentado em 1999. As autoridades aeroespaciais alemães estimaram que a queda se daria neste fim-de semana em "algum ponto entre 53° sul e 53° norte", região vasta que inclui o território brasileiro. Segundo porta-voz oficial, a reentrada na atmosfera se deu entre as 12h de sábado e 0h15 deste domingo, mas os pontos onde os trinta fragmentos do satélite cairam em solo ou mar ainda são desconhecidos.
Há, é claro, a preocupação que acidentes e danos possam ser causados pela queda de satélites, sondas e outras tecnologias aeroespaciais. Tal possibilidade foi-nos comprovada a pouco e levantou questões importantes sobre o cuidado dispensado à nossa tecnologia.
A corrida espacial entre EUA e União Soviética na década de 1960 e a crescente necessidade de novas tecnologias e respostas à antigas perguntas levou o mundo a erguer os olhos para o céu. Desde então, o setor aeroespacial cresceu e apareceu até fazer-se presente no cotidiano de quase todos os 6 bilhões de habitantes do planeta.
Que satélites se tornam obsoletos ou que lançamentos de naves podem dar errado todos nós sabemos. Graças ao ritmo de desenvolvimento tecnológico, é natural que tal aconteça, mas ninguém quer um caco de metal espacial aterrisando no seu quintal durante o churrasco de domingo.
Já é de se esperar que os mesmos gênios que vêm se superando em fornecer-nos novas tecnologias descubram o que fazer com as antigas. Do contrário, em poucos anos, até os guarda-chuvas terão de contar com sistemas de proteção aeroespacial!
Marcadores:astronomia,ciência,critica,NASA
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